sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

The burns from the Radiator Incident

História de horror. O radiador a vapor do quarto estava quebrado. Passei frio vários dias. Um dia eu falei pô, tá frio!. O martin falou com o zelador, e ouvi algo que o aquecimento tinha sido consertado. Uma semana depois, tava meio frio, e o aquecedor fazia uns barulhos mas estava frio. Pensei comigo: consertaram, mas esqueceram de abrir a torneira do vapor. O que fiz? fui lá abrir a torneira.

A princípio nada acontece, pq o aquecimento vêm de tempos em tempos. Aí começa a esquentar, e fazer um barulhinho. tudo bem. De repente, barulhão e um puta cheiro de sauna. vou ver e tá vazando fumaça da base da válvula. No que tento fechar ela, escapa um monte de vapor que queima meus dedos (tres bolhas e uns vergoes). Tento fechar a droga da válvula, e percebo que a base ta girando em falso. Com esforço consigo fechar e para de sair aquele vapor horroso. Momentos de pânico, foi horrível.

Eu lavo as queimaduras, passo um treco que achei no banheiro e vou sentar na cama. A dor das queimaduras vai crescendo. O feixe de nervos do cotovelo fica sobrecarregado e começa a doer no cotovelo - isso por causa da ponta dos dedos. mesmo sendo uma coisa pequena, o corpo não sabe e entra em alerta: "destruição de tecidos!". Começo a mergulhar na dor, encarando de frente, tentando jogar ela pra segundo plano. a dor vira uma sensação forte mas não insuportavel. Me pergunto se isso funciona mesmo e se a dor não está passando. Nisso vem uma onda horrorosa de dor pra me dizer que não...

Depois de uma meia hora, resolvo tentar dormir. O que demora pra acontecer.

Quatro da manhã, acordo com uma explosão. tudo escuro e um barulho imenso de sauna ligada no máximo. Já em pânico, procuro a luz pra acender, e acendendo vejo que o apto está inteiro esfumaçado, o vapor jorrando loucamente do buraco da válvula, LOUCAMENTE, e a válvula em lugar nenhum a vista. além de dificil enxergar, era dificl chegar perto pelo calor. Abri as janelas e qualquer pessoa que visse, do lado de fora, teria chamado os bombeiros de tanto vapor/fumaça que saía de lá. procurei o telefone do martin e não achei. entrei em estágio dois de pânico. Uso uma blusa pra tapar a fumaça e procuro a válvula. não apenas não acho como a blusa fica encharcada e pelando. no fim, com a blusa e uma caixa de papelao, consigo tapar o fluxo de vapor fervendo o suficiente pra achar a droga da válvula, que tinha voado. Consigo com esforço e mais duas queimaduras encaixar a válvula.

Tudo isso lembrando que eu não poderia estar lá, e que chamar a atençao é mal... Ligo pro zelador, que vem emputecido, dizendo que não pode nem mexer naquele aquecedor, que ta quebrado e o martin sabe disso. O cara vai embora, tendo ao menos fechado a válvula. a fumaceira já mais disspada, o apto todo molhado de vapor, meus dedos ardendo, e uma taquicardia que não passava de jeito nenhum.

Finalmente entendi aqueles filmes que o cara atira num tubo, fumacinha acerta alguém e esse alguém cai. Achava bobo. Agora eu sei, fumacinha é o caralho!!!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Bluebird, by charles bukowski

there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too tough for him,
I say, stay in there, I'm not going
to let anybody see
you.
there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I pur whiskey on him and inhale
cigarette smoke
and the whores and the bartenders
and the grocery clerks
never know that
he's
in there.

there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too tough for him,
I say,
stay down, do you want to mess
me up?
you want to screw up the
works?
you want to blow my book sales in
Europe?
there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too clever, I only let him out
at night sometimes
when everybody's asleep.
I say, I know that you're there,
so don't be
sad.
then I put him back,
but he's singing a little
in there, I haven't quite let him
die
and we sleep together like
that
with our
secret pact
and it's nice enough to
make a man
weep, but I don't
weep, do
you?