sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Neural não está morto, juro. Está vivo como um Urso Dágua, ou mais exatamente, em coma como Kenny, o tomate.

Não, este blog não morreu. Está talvez em coma mas me recuso a puxar a tomada, já que há vestígios de atividade cerebral. Posso acabar tropeçando na tomada, pode ter apagão, mas fora isso me recuso a decretá-lo morto.

O Neural é como um tardígrado, ou urso dágua, um poliextremófilo capaz de sobreviver a temperaturas entre -273°C e 151 °C, anos sem água, mil vezes mais radiação que qualquer outro animal e não apenas sobrevive ao vácuo do espaço como se reproduz lá. Pode ser encontrado em todos os ambientes do planeta terra e em seu estado desidratado sobrevive por décadas e resiste ao nitrogênio líquido, ácidos minerais, solventes orgânicos, radiação e água fervendo. Depois de tudo isso, com apenas uma gota de água, o minúsculo desgraçado volta à vida.

Porque então, perguntará o leitor, este maldito blog tardígrado não volta à vida?

Bem... Entre meu trabalho na produtora, cuidar da minha filha Lucia, que já tem um ano e pouco, meu outro blog, o Diário Grávido, e três livros em produção (ok, baixa a bola: um livro para lançamento este ano pelo Editora Summus, o "Diário de um Grávido", sua continuação, o "Como nascem os pais" e também um romance sobre um assassino de motoboys, com pretensiosas pretensões de ser literatura) e, claro, todos os afazeres cotidianos, o Neural Noise acabou negligenciado. Afinal, algo teria que se perder além das minhas noites de sono. Mas como um tardígrado, o Neural precisa apenas de uma gota dágua pra voltar à vida. Minha impressão é que depois de fevereiro deve chover no pobre urso dágua. Até lá, fiquem à vontade pra acompanhar o diário grávido e havendo saudades inescapáveis, a tag de Escritos está sempre aqui, misturando textos dos quais me orgulho e envergonho, raramente ao mesmo tempo.