sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

nano-contos - seis palavras:

resolvi rabiscar alguns também:


  • Atrasado. Chovia. Derrapou. Hospital. Acordou nascido.

  • Ajoelhado, rezava fervorosamente, às lagrimas. Nada.

  • Sete horas. Odeio acordar. Chega mais.

  • Só tenho olhos para você, Jocasta

  • Finalmente chegou minha encomenda. Huahahahaha. BOOM!

  • -Odeio parentes. -Coma só as batatas.

  • Abriu o guarda-chuva, nunca voltou.

  • Primeiro amor, depois ódio, enfim alívio.

  • Nasceu, cresceu, reproduziu, envelheceu, sapateou, dormiu.

E quando restarem apenas seis palavras??

fantástico link do growabrain , que por sua vez aponta para a WIRED
nano-contos.

Diz lá que o Hemingway fez uma, que ele considera a melhor história que ele já escreveu:

"For Sale: Baby shoes. Never worn"
( À venda: Sapato de bebê. nunca usado.)

Para o deleite de todos, aqui vai uma cópia do post completo:
(em bold, minhas favoritas)

33 writers. 5 designers. 6-word science fiction.

We'll be brief: Hemingway once wrote a story in just six words ("For sale: baby shoes, never worn.") and is said to have called it his best work. So we asked sci-fi, fantasy, and horror writers from the realms of books, TV, movies, and games to take a shot themselves.

Dozens of our favorite auteurs put their words to paper, and five master graphic designers took them to the drawing board. Sure, Arthur C. Clarke refused to trim his ("God said, 'Cancel Program GENESIS.' The universe ceased to exist."), but the rest are concise masterpieces.

Failed SAT. Lost scholarship. Invented rocket.
- William Shatner

Computer, did we bring batteries? Computer?
- Eileen Gunn

Vacuum collision. Orbits diverge. Farewell, love.
- David Brin

Gown removed carelessly. Head, less so.
- Joss Whedon

Automobile warranty expires. So does engine.
- Stan Lee

Machine. Unexpectedly, I’d invented a time
- Alan Moore

Longed for him. Got him. Shit.
- Margaret Atwood

His penis snapped off; he’s pregnant!
- Rudy Rucker

From torched skyscrapers, men grew wings.
- Gregory Maguire

Internet “wakes up?” Ridicu -
no carrier.
- Charles Stross

With bloody hands, I say good-bye.
- Frank Miller

Wasted day. Wasted life. Dessert, please.
- Steven Meretzky

“Cellar?” “Gate to, uh … hell, actually.”
- Ronald D. Moore

Epitaph: Foolish humans, never escaped Earth.
- Vernor Vinge

It cost too much, staying human.
- Bruce Sterling

We kissed. She melted. Mop please!
- James Patrick Kelly

It’s behind you! Hurry before it
- Rockne S. O’Bannon

I’m your future, child. Don’t cry.
- Stephen Baxter

1940: Young Hitler! Such a cantor!
- Michael Moorcock

Lie detector eyeglasses perfected: Civilization collapses.
- Richard Powers

I’m dead. I’ve missed you. Kiss … ?
- Neil Gaiman

The baby’s blood type? Human, mostly.
- Orson Scott Card

Kirby had never eaten toes before.
- Kevin Smith

Rained, rained, rained, and never stopped.
- Howard Waldrop

To save humankind he died again.
- Ben Bova

We went solar; sun went nova.
- Ken MacLeod

Husband, transgenic mistress; wife: “You cow!”
- Paul Di Filippo

“I couldn’t believe she’d shoot me.”
- Howard Chaykin

Don’t marry her. Buy a house.
- Stephen R. Donaldson

Broken heart, 45, WLTM disabled man.
- Mark Millar

TIME MACHINE REACHES FUTURE!!! … nobody there …
- Harry Harrison

Tick tock tick tock tick tick.
- Neal Stephenson

Easy. Just touch the match to
- Ursula K. Le Guin

New genes demand expression -- third eye.
- Greg Bear

K.I.A. Baghdad, Aged 18 - Closed Casket
- Richard K. Morgan

WORLD'S END. Sic transit gloria Monday.
- Gregory Benford

Epitaph: He shouldn't have fed it.
- Brian Herbert

Batman Sues Batsignal: Demands Trademark Royalties.
- Cory Doctorow

Heaven falls. Details at eleven.
- Robert Jordan

Bush told the truth. Hell froze.
- William Gibson

whorl. Help! I'm caught in a time
- Darren Aronofsky and Ari Handel

Nevertheless, he tried a third time.
- James P. Blaylock

God to Earth: “Cry more, noobs!”
- Marc Laidlaw

Help! Trapped in a text adventure!
- Marc Laidlaw

Thought I was right. I wasn't.
- Graeme Gibson

Lost, then found. Too bad.
- Graeme Gibson

Three to Iraq. One came back.
- Graeme Gibson

Rapture postponed. Ark demanded! Which one?
- David Brin

Dinosaurs return. Want their oil back.
- David Brin

Bang postponed. Not Big enough. Reboot.
- David Brin

Temporal recursion. I'm dad and mom?
- David Brin

Time Avenger's mistaken! It wasn't me...
- David Brin

Democracy postponed. Whence franchise? Ask Diebold...
- David Brin

Cyborg seeks egg donor, object ___.
- David Brin

Deadline postponed. Five words enough...?
- David Brin

Metrosexuals notwithstanding, quiche still lacks something.
- David Brin

Brevity’s virtue? Wired saves adspace. Subscribe!
- David Brin

Death postponed. Metastasized cells got organized.
- David Brin

Microsoft gave us Word. Fiat lux?
- David Brin

Mind of its own. Damn lawnmower.
- David Brin

Singularity postponed. Datum missing. Query Godoogle?
- David Brin

Please, this is everything, I swear.
- Orson Scott Card

I saw, darling, but do lie.
- Orson Scott Card

Osama’s time machine: President Gore concerned.
- Charles Stross

Sum of all fears: AND patented.
- Charles Stross

Ships fire; princess weeps, between stars.
- Charles Stross

Mozilla devastates Redmond, Google’s nuke implicated.
- Charles Stross

Will this do (lazy writer asked)?
- Ken MacLeod

Cryonics: Disney thawed. Mickey gnawed. Omigawd.
- Eileen Gunn

WIRED stimulates the planet: Utopia blossoms!
- Paul Di Filippo

Clones demand rights: second Emancipation Proclamation.
- Paul Di Filippo

MUD avatars rebel: virtual Independence Day.
- Paul Di Filippo

We crossed the border; they killed us.
- Howard Waldrop

H-bombs dropped; we all died.
- Howard Waldrop

Your house is mine: soft revolution.
- Howard Waldrop

Warskiing; log; prop in face.
- Howard Waldrop

The Axis in WWII: haiku! Gesundheit.
- Howard Waldrop

Salinger story: three koans in fountain.
- Howard Waldrop

Finally, he had no more words.
- Gregory Maguire

There were only six words left.
- Gregory Maguire

In the beginning was the word.
- Gregory Maguire

Commas, see, add, like, nada, okay?
- Gregory Maguire

Weeping, Bush misheard Cheney’s deathbed advice.
- Gregory Maguire

Corpse parts missing. Doctor buys yacht.
- Margaret Atwood

Starlet sex scandal. Giant squid involved.
- Margaret Atwood

He read his obituary with confusion.
- Steven Meretzky

Time traveler's thought: "What's the password?"
- Steven Meretzky

I win lottery. Sun goes nova.
- Steven Meretzky

Steve ignores editor's word limit and
- Steven Meretzky

Leia: "Baby's yours." Luke: "Bad news…"
- Steven Meretzky

Parallel universe. Bush, destitute, joins army.
- Steven Meretzky

Dorothy: "Fuck it, I'll stay here."
- Steven Meretzky

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

This fire...


from, huh, the interwebs.

Schrodinger's lolcat

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

um micro-poema

"Foda-se a chuva"

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Computador do Banco Safro mandou eu lembrar dos amigos...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Judgement Day

Audiência criminal, apresentação de versões, e um auto-controle ìmpar pra não pular no pescoço do FDP que me atropelou. Vejamos onde isso vai parar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Culture is NOT your friend

"What civilisation is, is six billion people trying to make themselves happy by standing on each others shoulders and kicking each others teeth in ... none of us are well treated by culture ... culture is a perversion." Terrence Mckenna

do videosift

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A Internet:

The Internet is the place where the men are children, the women are men, and the children are federal agents.

(ótima frase encaminhada pelo Fubu)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

importante:

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

Um ano atrás ainda estava no hospital

Pois é, dia 25 o acidente fez um ano. Resolvi não celebrar, sabemos o que houve da última vez. Comemorativamente, essa semana meu pé está dolorido. Um ano atrás ainda estava no hospital. Tá na hora de comprar algum tipo de carro...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Juliette Binoche veio ao mundo

Amo essa mulher. Quem me conseguir essa revista ganha um jantar. Quem conseguir as fotos ganha, hmmm, ,um lanche.
Estou esperando.

Olha o xkcd sendo bom pra cacete yet again

terça-feira, 23 de outubro de 2007

regurgitos

Uma ausência tão grande que se estende até os shared do reader. Não tenho tido tempo nem de abrir, quanto mais de ler os mais de 3000 itens que me esperam por lá. Enquanto isso velhinas tentam atravessar a rua, parando os carros com gestos jedi. Acordei ao som do gato vomitando na colcha, gritei Lacan e ele correu, vomitando pelo caminho, inclusive na parede. O filho da puta já está bem crescidinho, que tal vomitar na privada que nem gente grande, ou na pia, que nem gente grande com pressa?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Cachaça: Indo para a Praia

Chegava ao fim mais um longo dia de trabalho. Era a escolha de vida do Cachaça trabalhar com meninos de rua. Sua única vergonha era a gritante incapacidade para o malabarismo, que compensava com idas e vindas ao posto de gasolina enchendo a garrafinha de água suja com sabão. Cachaça despediu-se longamente, pois era começo de carnaval e nunca se sabe quem vai sobreviver.

Chegando em casa encontra o Lingüiça, descalço e fazendo brigadeiro na cozinha, de avental. A mãe do Cachaça está trancada em seu quarto e recusa-se a abrir ou responder. Por absoluta falta de alternativas o Cachaça resolve ir pra praia com o Lingüiça, que tinha uma casa em algum lugar da orla, e o Clark, que tinha nada melhor pra fazer. O Clark e o Cachaça ainda eram bem próximos, e ainda não havia nenhum acordo que rezava que ambos só voltariam a se falar se o Clark assumisse a alcunha de "mau-caráter", que valia pra ambos na verdade.

O Cachaça vai dirigindo o carro que secretamente emprestou da mãe e na estrada um congestionamento assombroso, todo mundo buzinando dentro do túnel, calor insuportável. Mais adiante no caminho, sem saber que rumo ou estrada tomar, o Cachaça solicita os serviços de um caminhoneiro próximo:

-"Vem cá, chegadinho, como é que a gente chega em.... em.... ô Lingüiça pra onde a gente ta indo mesmo?"
-"Pra minha casa!"

O Clark faz uma expressão peculiar, como quem sabe que jamais poderia descrever a cara de ódio do Cachaça nesse momento, que por sua vez pergunta de novo:

-"Ô, SEU IMBECIL, PRA ONDE TAMOS INDO???"
-"Pra minha casa, PORRA!"

Nisso o caminhoneiro mandou todos tomarem lá e foi embora achando que dele estavam mangando. O Lingüiça, que acha que só ele é esperto, ficou entre o azedo e uma expressão de vitória, meio incompreensível para quem estava prestes a ser largado no meio da estrada.

Por incrível que pareça no dia seguinte nossos heróis continuavam unidos, ao menos juntos, ainda que por repulsão mútua. Indo para a praia, um sujeito no terceiro andar de um prédio grita algo como "Santos", e em questão de minutos o Lingüiça está em ponto de briga, intimando o cara a descer do prédio e sair na mão. Possivelmente contando com a baixa probabilidade disso acontecer. O cara sai da varanda e entra no apto, presumidamente pra encher um saco com fezes e atirar nos nossos heróis, quando o Cachaça diz, docemente

-"ô, seu filho da puta, vamos embora logo pra praia!!"

Assim eles prosseguem pelo calçadão, paquerando menininhas e seguindo o fluxo, até que o Linguiça diz:

- "Cachaça, me empresta um real!"
O cachaça olha....
pensa...
e diz
-"Bom...eu tenho 1 real aqui..."
tira o real do bolso, coloca de novo
-"...eu tenho...
...eu podia até te emprestar...
...Não vai me fazer nenhuma FALTA...
...mas eu não vou emprestar , porque eu quero MUITO que você se foda!", disse com saboreada ênfase.

Parece que o Linguiça não voltou da praia junto com os outros, mas até hoje a mãe do Cachá pergunta com um suposto brilho nos olhos:

-"Filho, e aquele seu amiguinho Salsicha, por onde anda hein?"

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Dilúvio Interior

Tenho um amigo que se mudou pra um apartamento super legal e perto da minha casa. Tem três andares. Embaixo fica um quarto bacana, com luzes de motel e hidromassagem. No andar do meio tem a cozinha e sala, e no andar de cima uma sala de tv e um terraço com churrasqueira. E o amigo recentemente adotou dois gatitos fantásticos, o Panda e o Zurugui, que tem apenas três pernas. Quando ele foi adotado ele tinha quatro, mas isso é outra história. Pois o amigo foi viajar uma semana e pediu que eu passasse pra ver seus gatos, o que fiz com prazer não só pelos gatos, que são umas figuras, mas em retribuição pelo fato de que ele visita meus gatos quando viajo. E claro, pela hidro.

Pego minha moto e vou pra casa do sujeito. Sei que é perto mas qualquer coisa é um bom pretexto pra andar de moto (e ser burro, segundo alguns). Abro um vinho que encontro na adega do colega, mas não dos bons porque esses ele esconde. Deixo a banheira a encher de água e subo ao terceiro piso pra fumar um cigarrinho. Idiossincrática, a banheira só enche com água fria. Baforadas depois, volto para baixo, vejo que a água já cobriu os jatos da hidromassagem, ponto em que liga-se a circulação e o aquecimento. Leva uns vinte minutos pra esquentar a água toda, então pego duas revistas Veja e vou ler lá em cima.

Não sei o que aconteceu primeiro, se foi um insight de "SERÁ QUE EU FECHEI A TORNEIRA??" ou se foi por ouvir um som meio molhado "splosh splosh", como um mar.

Desço correndo e vejo que o andar inteiro estava alagado e a água agora invadia o andar de cima. Mentira, claro.

Desço correndo e vejo que a banheira estava transbordando, a água tinha invadido tudo, o ralo do banheiro que era a primeira defesa estava fechado, o colchão que fica no chão estava molhado e os gatos flutuavam em balsas improvisadas como pequenos náufragos. A primeira coisa que eu vi foi a banheira transformada em cachoeira, só me dei conta do tamanho do dilúvio quando vi que tinha molhado as meias, enquanto pensava em como iria repopular o mundo com apenas dois gatos, machos e castrados.

Primeiro fechar a torneira e desligar a hidro. Para isso sou obrigado a tirar a roupa toda menos a cueca, que achei que não molharia mas molhou. Tiro a tampa da banheira e abro o ralo ali do chão (o ralito, o ralito!!). Os gatos me olhavam de uma forma estranha.

Me pareceu um bom momento pra entrar em pânico, o que faço com destreza. O brother vai me matar. Ele quase matou a namorada, hoje ex, quando ela fez algo similar, imagine o que ele vai fazer comigo, que nem faço sexo com ele. A água vai invadir o vizinho, que vai chamar os bombeiros, arrombam a porta e eu vou estar aqui de cueca entre gatos flutuantes.

Arranco os lençóis da cama e tento fazer uma barreira, sem sucesso, enquanto os gatos já tinham dominado as técnicas de navegação à vela e ia de uma lado pro outro desse novo mar. Dobro o colchão ao meio, o que serve apenas pra permitir que a água vá mais longe e molhe ainda mais partes do colchão. Subo correndo e volto armado com um rodo.

O que aconteceu em seguida não foi uma cena de Fantasia, com o Mickey de aprendiz de feiticeiro controlando água e vassouras. Foi mais parecido com Escrava Isaura.
Passei as três horas seguintes lutando com a água, estica rodo, puxa rodo, o que me deu uma horrenda dor nas costas pela semana seguinte. O Banheiro era um degrau ao contrário, mais alto que o resto do chão, então para esvaziar o quarto era necessário fazer a água subir um degrau e chegar no elevado ralo. Usando um rodo. Acreditem, é difícil. Os gatos abandonaram a navegação e ficaram sapateando na água como banhistas felizes. Só faltou cantarem "singing in the rain".

Vou até o andar de cima e volto com um ventilador, que coloco basculando na direção do colchão, torcendo pra que nada mofe, e que o quarto volte ao normal antes do amigo voltar.
Quando tudo parece normalizado, encho a banheira e a taça de vinho e submerjo em ambas, me esquecendo do rodinho, que ficou lá embaixo como incriminadora prova.
E caso algum dia o tal brother leia isso aqui, já deixo bem claro: isso aqui é ficção e nunca aconteceu, juro. Podem perguntar pros gatos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

morcegos raivosos de bike na vila

Estou indo pro trabalho pela vila madalena e vejo vários grafitis como se as ruas fossem pistas de bicicleta. Boa ação de guerrilha. Mais à frente, um caminhão de som do tipo anúncio de utilidade pública repetia uma mensagem dizendo que morcegos com o vírus da raiva foram encontrados naquela região, e que estão revacinando cães e gatos. O batman é um sujeito raivoso. Mas raiva mesmo é ter que ouvir ao telefone "renato? que renato?"

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Chances de morrer

1) chance total de morrer, independente da causa: 100%
2) chance de morrer do coração - 1 em 5
3) chance de morrer em acidente de carro: 1 em 84
4) chance de morrer em acidente de motocicleta: 1 em 1020

Conclusão: andar de moto é muito mais seguro que andar de carro.
Ambos são mais seguros que bacon.



terça-feira, 25 de setembro de 2007

sempre soube que isso aconteceria um dia

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

no tempo em que...


Aniversário da minha avó em curitiba, quase fui de moto. Ainda bem que não fui, tinha pedaços de pneu de caminhão no meio da estrada que pareciam uns para-choques de kombi.
Aqui, sendo o cavalo atual da Betina, que tem todo o jeito que vai ser o flagelo da raça masculina.
Clique pra ver o olho dessa guria...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Calça Arriada, a nova burka.

Pessoalmente acho muito feia essa moda de calça caída com cueca pra fora. No caso da mulheres, fio dental pra fora não é feio, apenas de gosto duvidoso. Agora transformar isso em crime, com direito a cadeia, é apenas mais um sinal que os EUA tornam-se uma teocracia. A calça arriada é o prenúncio da burka para americanos.
Tudo que cerca essa questão é um ultraje. O estado interferir no código de vestuário? Uma maneira de perseguir os negros em especial? Ultraje. Pequenos sub-grupos de loucos moralistas, todos religiosos, comandam o país. Exigem que mitos religiosos sejam ensinados em aulas de ciência, e proíbe que crianças aprendam sobre evolução. Não vou me estender nas semelhanças entre os fundamentalistas muçulmanos e americanos, mas revolta-me o estômago.

ref: http://www.cnn.com/2007/US/09/17/baggy.pants.ap/index.html?eref=rss_latest

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Tatuagens horriveis

Um bom link pra começar o dia. apesar do dia ter começado há séculos.
http://horribletattoos.blogspot.com/

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Spiders On Drugs

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Under a red moon

Eclipse lunar de hoje, visto do japão

400 posts

O blog foi inaugurado teoricamente em fevereiro de 2001, mas em julho de 2005 troquei o nome, apaguei os posts antigos e comecei do zero. Desde então foram 400 posts. Apesar de nem sempre poder colocar material inédito (já que minha campanha de ser sustentado pelos leitores falhou), esse cantinho lietrário aqui é o meu verdadeiro efêmero e um tanto pretensioso legado.

Todos os 400 posts ficam na primeira página, o que eu acho conceitualmente o máximo, mas leva um tempão pra terminar de carregar tudo...
Assim, estou pensando ainda no que fazer daqui pra frente... sugestões?

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Fumo de tabaco rói o ar

Ponto para o Estupidista pelo bom gosto de publicar Lilitchka no Blog dele, um blog dedicado a ser ruim, mas nem sempre com sucesso.

http://estupidismo.blogspot.com/2007/06/llitchka.html

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Arlete, Davidson.

Uma verdadeira prova do triunfo da estupidez sobre a inteligência. Ela encarna minhas pulsões todas, de vida e de morte, em um perigoso amálgama de ferro, borracha e couro. Meu acidente mostrou todo o amor que tenho à vida . Ela não é meu desejo de destruição, mais como um flerte de destruição, como um sonho de atravessar paredes, que na vida real são deveras sólidas (tem dias que...). Minha moto encarna - ou o certo seria mineraliza?- meus amores e ódios, desejos e frustrações, impossibilidades e indesejos. Outro dia parei no posto e o cara me perguntou se eu costumava freqüentar o bar tal de motoqueiros. respondi que não tinha nada com bar de motoqueiros, ou clubes, e que ser dono de uma moto não é razão suficiente pra convívio com outros proprietários. Vejo pessoas de moto na rua e acho todos uns idiotas, mas tenho essa louca atração pelo transe que é pilotar. Tem dias que vou pro trabalho de ônibus e volto a pé. E tem dias que eu saio de casa à noite e passo verdadeiras madrugadas percorrendo as ruas vazias, sem lugar pra chegar ou pra voltar, sem vontade de parar ou continuar. Curva pra esquerda. Curva pra direita. Para. Acelera.

Neil Gaiman, aceitando o ingrato desafio de descrever o arco de Sandman em 25 palavras, disse: "The King of Dream realizes he must change or die. And he makes his choice". Fenomenal. No meio de Kindly Ones, Odin, gallows god, pergunta pra ele se ele era como um cervo paralisado pela luz, ou uma aranha que tece uma armadilha e depois finge não saber disso, caindo nela com verdadeira surpresa.

Obviamente que temo um dia não voltar para os meus pequenos gatos, mas temo ainda mais voltar em certos estados, como paralítico, amputado, locked in syndrome ou qualquer outra situação parecida, em especial aquelas em que o suicídio me seria vetado.
Eu e minha atração pelo perigo, pelas fatais, por sonho, destruição, desejo, delírio e desepero. Não sei o que vou fazer, nem pra onde vou. "You don´t have to stay anywhere forever". Me pergunto se isso vale pra myself. Não importa onde vá pra me afastar de mim, sempre me alcanço. Me pergunto se ela me ajuda na primeira opção ou na segunda. Curva pra esquerda. Curva pra direita. Para. Acelera. E o som toca "Wonderlust King", do bom e velho Gogol, que rapidamente passa para The Faint, I disappear. Enfim. Get your motor running.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A trilha sonora do mês é...

Balkan Bangers e Balkan Hot Step,
Hot Step é uma mistura de música tradicional balcãnica, cigana e klezmer, tudo animado e aceleradíssimo. Já balkan bangers é um mix de música cigana de várias partes dos balcãs.
Tudo pra lá de 150 bpms. Vale ouvir, baixar e tocar na balada, carro ou clínica de repouso.


Typsy Gypsy - Balkan Hot Step 1
Typsy Gypsy - Balkan Hot Step 2

Balkan bangers pt 1
Balkan bangers pt 2

( a lista das músicas contidas nos mixes está em : http://typsygypsy.podomatic.com/ )
E às vezes o link das músicas sai do ar... mas tudo bem.

sobre caixas de comentário

Fui de alguma forma encaminhado hj a um lugar onde fritam cuecas e me deparei com a seguinte pérola:

"Ter caixa de comentário é estar perpetuamente envolvido numa conversa sobre os limites aceitáveis da polidez com enfants sauvages criados por ratazanas."

O poste todo é muito bom:
http://soaressilva.wunderblogs.com/archives/023189.html

And to think I loved her




O Xkcd de hj merece um post próprio ao invés de ir pro Neural Gazette

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Manah Manah

muito bom, muito bom...
The question is...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

dig 33

tem dias que sou acometido de trimestral insanidade, em que a memória, esse biógrafo senil, me prega estranhas peças, em que fotos de crianças com secador aparecem de pé na prateleira, em que o impossível e o proibido cedem lugar ao retardado e auto-destrutivo, em que buracos que não podem ser preenchidos nem pelas exatas partes faltantes parecem buracos negros, e em que tenho uma vontade louca de fazer coisas que me causariam depois profundo desgosto e arrependimento, ou como disse Farnsworth, não existem infinitos universos paralelos, apenas dois, e a diferença entre eles é o resultado dos cara-ou-coroa. Três dias, Três meses, Três anos. Diga Trinta e Três.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

The Neural Gazette Noise

Já faz um bom tempo que eu seleciono os melhores posts do meu reader, mas escondo. Seguindo o exemplo da querida Madame, resolvi tirá-los do armário. o link fica ali na direita. ou 'make click here'

O que é o reader?
Google reader. Um leitor de Rss, onde eu acompanho feeds de vários sites, blogs e o escambau.

O que é rss?
Não vou explicar. Azar de quem não sabe. Explodam-se.

Que tipo de coisas vc seleciona?
As que eu acho interessantes, curiosas ou imperdíveis. mais algumas inutilidades.

Caceta, quais feeds vc acompanha?
Agádoisesseóquatro
blinking memories
Boing Boing
City Interface
Cognitive Daily
Cool Tools
Cosmic Variance
del.icio.us/med44
Joystiq
kottke.org
Language Log
languagehat.com
Lifehacker
Marginal Revolution
med44's Photos
Na mesa
NeuralNoise's Photos
Photoshop Phriday
PVRblog
ScreenHead
The Onion
nature
Physics Org
Salon
Scientific American
Slate Magazine
The New York Times
Wired News
Blue Bus
Jaffe Juice
Costume GET!
game girl advance
Cool Hunting
Gapingvoid
HOBOTOPIA
Madame's shared items
Neatorama
VideoSift
Photos from Clark K II
Sex in Art
The mental_floss Blogs
Xkcd

E Mais uns ou outros. Sempre acrescento e removo feeds, então essa lista já nasce desatualizada...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

um corte no pulso...

Um corte no pulso e eu te expulso da minha alma
Que por impulso um dia te trouxe à cama
E que inflama no vaivém dos corpos
E pára assim que estamos mortos
Morto não consigo pensar
Pensando não posso te amar
Como amei um dia

----
(sim, em 93 também eu era um jovem.
Na minha idade hoje, tenho toda a sabedoria da juventude e o vigor da velhice)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

I dream of this



But I fear that when this is affordable or available to me, I´ll be dead. Shipping my ashes to space just won´t cut it. Not an astronaut, another broken dream.
Why only millionaires and engineers go to space? How about, hey lets pick this nice kid from Brazil and take him to the shuttle, a week at MIR, and then let him parachute back?
mas não, nada disso nunca acontece comigo

Mais spacewalks na fonte,
http://fogonazos.blogspot.com/2007/07/top-10-best-spacewalks-ever.html

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Cápsulas de conversa alheia.

Três Histórias Verídicas, menos uma:

Motorista de Táxi e Senhora de Idade em um acidente de trânsito:
- Puxa vida minha senhora, que barbeiragem hein!
- Mas não sei como isso aconteceu, eu dirijo há vinte anos e nunca bati.
- Nunca bateu? Nunca bateu? E sabe porquê??? PORQUE A GENTE DESVIA DA SENHORA!! A gente desvia!! É sim, só por isso a senhora nunca bateu. A gente desvia da senhora!


Dois figuras no ponto de ônibus:
- Cara, que história horrorosa!
- Podicrê. mas... e vc, tem usado camisinha sempre?
- SEMPRE!! Sempre, sempre. 100%. E tu?
- Hmmm, acho que 50% das vezes.
- Pô, cara, 50%? Foda hein... E como você decide quem é com e quem é sem?
- Erm... não não, 50%. A primeira é com e a segunda é sem.


Chico Estrela e uma beldade:
- Ai que medo, essa mata fechada... e tá escurecendo...
- Medo? VOCÊ tá com medo? E EU que vou ter que voltar sozinho, nessa escuridão!??!?

sexta-feira, 20 de julho de 2007

xkcd - alone



as usual, clique na imagem para visualizar full

terça-feira, 17 de julho de 2007

Lá vem o Sísifo subindo a ladeira...

Segundo Camus, o Mito Decisivo (Le Mythe de Sisyphe).
Parece que os autores franceses gostam de trocadilho mais que eu.
Em respeito a eles não direi nada sobre como Sísifo sifu.
Nessa foto, tirada diretamente no local, vemos o mito em uma variante menos determinista: de modo greco-anti-einsteiniano, os deuses de fato jogam dados com o universo.
Esse só sai do castigo se conseguir um duplo seis, e olha, com um dado só vai ser bem difícil. Sádicos esses deuses.
Sísifo, pra quem não lembra, era o cara mais esperto da praça, enganou a morte não uma mas duas vezes, dando um colarzinho que era na verdade uma coleira, pasmem, e outra dizendo que ia se vingar da esposa e comprar cigarros na superfície e já já voltava..
Mas a morte, ah, essa tem todo o tempo do mundo.
Sujeitinho vai ficar pra sempre aí no castigo, ao contrário de Prometeu, que foi libertado pelo filho do dono.

16* Round

Tem dias que durmo, não lembro dos meus sonhos
e acordo de manhã como um lutador de boxe,
queixo tenso, protetor de dentes na boca,
de pé todo zonzo ao som do sino
e esse é só o segundo round

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Pictures of Lilly

Em plena avenida Bedford, encontramos lado a lado estas contrastantes figuras femininas.
Engraçado, tenho um par de algemas parecido. Só que preto.
E em vez de afastador dourado prendo uma na outra, e ambas na cama, usando correntes de cachorro.
Agora, Tupperware Party?
Dixie, you can do better that!


Se alguem perguntasse:
"Menina, o que você quer ser quando crescer?"
- Algemada!
Seria um golpe duro para os pais,
mas melhor do que QUALQUER coisa ligada a tupperware...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

...Entre o vestígio e a bruma.

O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...

São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.

São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.

Fernando Pessoa, 5-9-1933

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Assim


























otimo zumbi sagitariano do monsterbymail.
(via boingboing)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Gravitacional

Tem dias que eu tenho vontade de me jogar na parede a duzentos por hora
Com toda a força dessa sensação de alguma forma sem veículo algum
De esmurrar pontas de faca brandindo um sorriso insano
Acertar a parede com toda a vontade e violência
E mesmo que me esmigalhasse tudo se juntaria
como gotas de mercúrio, a me estraçalhar de novo,
deixando apenas sucessivas manchas
e dizem que mercúrio é tóxico

Tem dias que eu procrastino tudo até o limite do desespero
Em geral esses dias começam com uma manhã fria, que estende sua sombra como um prédio que construíram ao lado da sua janela (e isso de fato aconteceu) e é quase impossível deixar o calor do lençol e dos gatos.
Acabo sentado na cama por pelo menos meia-hora, diluindo veneno e desgosto do mundo, perguntando porque não posso dormir mais meia-hora, mais meio-dia. E a meia-vida disso dura mais que uma vida inteira e por isso não se vê diferente. E não há outras vidas senão essa, que patetas.

Tem dias em que jardino rosas de triviais misérias e faço um buquê, sobre o qual sapateio vigorosamente, depois sapateio mais e ao chutar suas partes esvoaçantes dou uma terrível topada com o dedão, que infecciona e cai e seria usado pra estilingar em sonhos todos aqueles atravancando meu caminho não fosse péssima a minha mira.

Tem dias que eu acordo de bom humor,
mas seriam infinitamente raros e não estou sequer certo que existam, exceto talvez como aquela proverbial cenoura eternamente na frente do burro.

tua última quimera

Versos Íntimos é um dos melhores poemas do insuperável Augusto dos Anjos, mas é também dos mais conhecidos e abusados pela plebe. Budismo moderno então, ainda que fenomenal, caiu nas garras vis do arnaldo antunes. E para preencher o vácuo abismal, aqui vão dois sonetos dentre meus preferidos. Vale dizer que a Árvore da Serra não é um poema ecológico, ok?

A árvore da serra

— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!

— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...

— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
E este é o corrupião. A primeira frase do poema "Escaveirado corrupião idiota" me lembra carinhosamente dos meus amigos, mais pelo tom que pelo conteúdo, já que meus amigos não são de forma alguma corrupiões e apresentam vagos traços de cerebelo.

O corrupião

Escaveirado corrupião idiota,
Olha a atmosfera livre, o amplo éter belo,
E a alga criptógama e a úsnea e o cogumelo,
Que do fundo do chão todo o ano brota!

Mas a ânsia de alto voar, de à antiga rota
Voar, não tens mais! E pois, preto e amarelo,
Pões-te a assobiar, bruto, sem cerebelo
A gargalhada da última derrota!

A gaiola aboliu tua vontade.
Tu nunca mais verás a liberdade! ...
Ah! Tu somente ainda és igual a mim.

Continua a comer teu milho alpiste.
Foi este mundo que me fez tão triste,
Foi a gaiola que te pôs assim!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

outrodiaoutrodiaoutrodia

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa ~
1931

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Entregou-se com abandono

Entregou-se com abandono
e no ar, o fluido denso da saudade
mais denso - a cada respirar
até que nele era possível subir ao topo
e lá fixar uma bandeira
de conteúdo secreto

quinta-feira, 28 de junho de 2007

http://www.projetoamanha.com.br

nossa imagem no site do projeto amanhã, do Itau:
http://www.projetoamanha.com.br

terça-feira, 26 de junho de 2007

cat says mao





Pelo amor de deus alguém compra essa camiseta pra mim!! E uma versão pet pro tunguinho.

TSI : Canal no youtube

Nesses dias praticamente só trabalho, e o Neural acaba ficando entre abandonado e corporativo. Feio, eu sei, muito feio. Em breve mais Cachaça. Nesse meio tempo, anuncio com prazer que agora temos um Canal da TSI no youtube. Cadastrem-se, dêem estrelinhas, adicionem aos favoritos e deixem seus comentários. Senão não vai ter Cachaça pra ninguém!

please make click
www.youtube.com/tsianimation

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Ganhamos dois Cyber Lions em Cannes 2007!


Flag levou prata e Tissue levou bronze...

Saiba mais em:
Revista Publicitta

terça-feira, 19 de junho de 2007

TSI em Cannes 2007 : Cyber

Dos vários trabalhos que enviamos para Cannes, em Cyber, dois estão no shortlist:
Africa - Mitsubishi - Flag
Africa - Coristina - Tissue

E esses abaixo foram para o Festival mas não para as finais.

Estes eu tinha CERTEZA que ia ganhar:
Africa - Coristina - not potato head
Africa - Stock Car - 360
Mas parece que as peças com loader foram mal-vistas...

E teve também o
Africa - Itau - Origami

TSI 3d architecture : city

Para Africa - Itau...



Da tablet de Aleks Braz surge mais uma obra prima...
Dizem que esses caras da TSI são mesmo bons...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Ativar meu video automaticamente quando eu estiver nu

screenshot da tela de configuração do skype:

Olha que função útil!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sanfrombaisaocairoyork

Carlos Gomez, aka Med44, saiu do emprego e agora tem muito tempo livre.
Um dos primeiros resultados disso é a cidade de Sanfrombaisaocairoyork, capital de Brazegyitalyndius , um mashup de google maps que ele escreveu, combinando mapas desses lugares . O usuário pode mover cada um para formar uma malha urbana contínua, um mosaico ou whatever. Esses abaixo são minha versão1.0 e a versão polinésia.
Para fazer o seu, make click...



segunda-feira, 11 de junho de 2007

up in smoke...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Of useless beauty



Mais um daqueles casos que o bem-intencionado tempo ganho não compensa o tempo perdido tentando ganhar tempo.
Como desfragmentar o disco.
Em ambos os casos vale a intenção.
A esperança é a última que morre, dizem. Mas sendo a última não tem ninguém pra verificar se ela morreu mesmo ou não. De qualquer maneira a esperança nos vai enterrar a todos.

imagem do http://www.xkcd.com

Cachaça em: Abre-te Sésamo

Nas parcas vezes em que o Cachaça se dá o trabalho de visitar algum amigo ele acaba gerando prejuízo (material ou moral ou ambos). Há quem diga que melhor seria se nem tivesse aparecido. E há quem não diga nada mas concorde em silêncio, seja após o Cachaça sair em disparada sem lavar o próprio prato terminado o macarrão, seja por deixar um DVD alugado cair no limbo atrás do sofá que não move e não avisar ninguém. O leitor pode achar que também tem um amigo assim. O leitor não viu nada ainda.

Tudo começa com O Jovem. Ele crê que é assim chamado por ser o caçula da turma dos imbecis mas engana-se. O Jovem foi assim alcunhado por ser um prototípico jovem, de escrever poesia ao sonho de rockstar, além da óbvia parca idade. Quando Nelson Rodrigues escrevia sobre o "jovem de hoje", referia-se ao Jovem.

Em um fim-de-semana aleatório dormia o Jovem de favor na casa do Clark, ou mais exatamente no apto que o Clark dividia com uma menina que já não suportava nem o Jovem nem o Cachaça. Há quem diga que ela teria ótimas razões para seu profundo desgosto, como Jovem e Cachaça fazendo uma macarronada dominical na ausência do Clark e deixando uma montanha de louça, ou ainda uma ocasião em que deixaram o registro de água aberto apesar de flagrante vazamento, obrigando o síndico e o porteiro a arrombar o apartamento e fechar o registro. O Clark tê-la convidado um dia para um ménage não somou pontos, mas parece que ela pensou no caso e mas definitivamente desistiu quando viu a amiga que seria a terceira parte de tal associação.

Voltando ao cerne da nossa história: Após uma longa noite assistindo “Friends”, fumando orégano e comendo pizza e sorvete, sem vergonha alguma disso tudo, Clark despenca no quarto e Jovem e Cachaça em seus respectivos sofás. O Cachaça acorda de madrugada em meio à bagunça e a sujeira, e vestindo-se silenciosamente decidiu que não queria ter participação na arrumação daquela zona, indo embora na conveniente surdina enquanto dormiam todos.

Às quatro e meia da manhã o interfone toca com insistência bárbara, como a laertiana horda de bárbaros que vêm destruir a sociedade e a civilização. Atende o Jovem:
- Alô, é o Seu Clark?
- Não, aqui é o Seu Jovem
- Pô! Nervosinho esse seu amigo hein!
- O que aconteceu?
- Me xingou, brigou comigo e saiu batendo tudo aqui!
- Nossa que estranho, ele não é assim. Falo com o Clark amanhã sobre isso, ok?

O que é uma tremenda mentira, já que o Cachaça é assim mesmo e até podemos imaginá-lo abanando vigorosamente os braços durante a cena toda e ficando vermelho, como um pimentão epilético.

Pela manhã Jovem relata o ocorrido ao Clark que fica desesperado ao pensar em quantas de suas obsessões comportamentais teriam sido violadas no processo. Clark indaga por mais detalhes, com bastante veemência, exasperando o Jovem que já tinha dito todo o pouco que sabia. Indignado e achando que o jovem escondia algo, Clark vai se informar direto com o porteiro.

O Porteiro passa a escrachar o Clark antes mesmo dele sair do elevador e também durante todo o trajeto até a portaria, ainda que só chegando nesta Clark passa a efetivamente ouvir seus grunhidos furiosos. O porteiro parece culpá-lo por quase tudo inclusive do grande crime de ser amigo de alguém como o Cachaça.

Parece que o Cachá bateu o portão, presumidamente sem querer, e o porteiro reclamou com algo do tipo “Pô não precisa bater o portão!”. Contrariando o senso comum de não arrumar discussão com porteiro na madrugada, o Cachaça retruca sobre a má educação deste, tendo supostamente dito a frase “é por isso que sempre vai ser porteiro”. Desgostoso com o comentário o porteiro executa uma pequena vingança, deixando o Cachaça preso entre a porta do prédio e o portão da rua e dispensando-lhe uma longa preleção sobre educação e moral, e sobre como essas coisas estariam patentemente ausentes no Cachaça. Irritadiço no horário comercial, às 4h30 da manhã o Cachaça é uma bomba-relógio ambulante.

Mas a elucidante discussão entre o magistrado e o porteiro finalmente chega a um fim, e o último libera o primeiro. Ao sair Cachaça bate o portão com tanta força que a caixinha do interfone, aquela que tem as campainhas de todos os apartamentos, restou escancarada com sua entranhas eletrônicas expostas. Mais tarde na madrugada comea a chover muito, o que acaba danificando de modo permanente todo o sistema de interfone do prédio.

O pobre do Clark supostamente arcou com mais esse prejuízo, já que Cachaça, mesmo abastado, teria contado uma versão completamente diferente da história, se isentando de culpa, recusando-se a pagar e ainda ameaçando processar o prédio. Há quem diga que o Cachaça por fim pagou o interfone, mas pode ser lenda da internet. Há quem diga que o Clark pagou do próprio bolso, mas também pode ser lenda da internet. De qualquer maneira, nos dois meses em que a fatura não esteve paga, um mal estar cresceu entre Clark e sua colega de apartamento, bem como com o staff do prédio, de modo que fizeram um abaixo-assinado pedindo a saída imediata de Clark do dito edifício.

Desde então as relações entre Clark e Cachaça estão estremecidas, mas dizem que o Clark não deixa de importunar o Jovem, recapitulando os eventos da noite bem como toda sua relação com o Cachaça, entremeando-os com perguntas tipo "Eu tenho razão, não tenho?" e "Ele está errado, não está?".

Fingindo surpresa com o abaixo-assinado e tentando esconder seu nome, que era a primeira assinatura, a colega terminou por expulsar Clark do apartamento, que se viu reduzido a morar novamente com a mãe. Por alguma retribuição cósmica a mãe do Cachaça trocou as fechaduras e foi viajar, deixando todas as coisas do Cachaça do lado de fora inclusive o próprio. Depois de bater incessantemente na porta e acabar desistindo, Cachaça foi procurar outro lugar pra morar também.

Acabou morando na casa do Judeu, que não teve nada a ver com a história mas acabou arcando com suas piores conseqüências. Por mistérios insondáveis, o interfone da casa do Judeu não apenas funciona como toca diariamente às 4h30 da manhã.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Three songs. From. Surprise! Gogol Bordello...

Undestructable

"How many darkest moments and traps still lay ahead of us?
How many final frontiers we´re gonna mount and maybe no victory laps?"


Illumination
"Illuminating realization number one:
You are the only light there is
For yourself my friend"


Through the roof and underground
"When there's a trap set up for you
In every corner of this town
And so you learn the only way to go is underground
When there's a trap set up for you
In every corner of your room
And so you learn the only way to go is through the roof"

segunda-feira, 28 de maio de 2007

"And you seem very beautiful to me.."


Good Song - Blur
(animation by shrigley)

Esse clip não é recente mas até ontem eu nunca tinha visto ...

Os Euricos de plantão dirão "mas pô arquei esse vídeo está no youtube desde os tempos de bbs (ainda que eu nunca tenha visto tb)". Os Fubus dirão "não sei o que, porra, cachaça, não sei o que, caralho". E as Madames dirão "ah honey vai dizer que você só viu agora. muito bom né?"

Mas o que posso fazer? Gostei mesmo. Fora que é inédito (inédito = tudo aquilo que não vi, afinal como todos sabem o centro do mundo é o meu umbigo)

"And you seem very beautifuuuuuuuuul to meeeeeeeeeeeeee.."

sexta-feira, 25 de maio de 2007

nós cientistas




from http://www.xkcd.com
"A webcomic of romance, sarcasm, math, and language."
Tão nerd que mesmo eu não entendo um terço das tirinhas. Mas bom.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

We´ll find some shack below radar!

músicas do dia:

Sally (ratatatatatz!)
"they always were afraid that I was schizofrenic"
[gogol bordello - gipsy punks underdog world strike]

Slishal no ne zapisal ("... mas não escreveu")
"...V rjadah na bessarabke
Poshel takoi bazar..."
[gogol bordello vs tamir muskat - j.u.f. - jewish ukrainische freundschaft]

Madagaskar-roumania (tu jesty fata)
"instead I scratch my forehead like an alladin his lamp"
[gogol bordello - east infection]

"Eu sou o primitivo"

poema por juliana moreira


e meus neurônios Moe, Larry e Curly

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Nossa quem são voces??

Tava clicando nos services do google e lembrei que tenho o analytics. Da ultima vez que olhei acho que tinha uns quatro leitores, sendo que nenhum deles era minha mãe ou o tequila. Fui olhar hoje e fiquei com medo: 407 usuários individuais nos últimos 30 dias; meu deus. quem são vocês?! Me sinto subitamente nu. A julgar pelos comments achava que era só madame, ana, leitora, fubu, eurico, sil, luz, nando, o estupidista e mais uns dois ou três anônimos, mas não, tem outros quatrocentos. sem incluir o tequila, que não é meu leitor. Se cada um de vocês me der dez reais por mês eu largo meu trabalho e escrevo o dia inteiro. Vai, dezão não vai fazer falta!!! Mas, sério, fiquei curioso. Digam oi vai...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Meia-noite na estação do céu e do inferno

A Estação 51/Lexington em Manhattan fica embaixo do prédio do citibank (nerds: edifício baxter), ao lado de uma igreja estranha e sempre tem bastante mendigo ali em volta possivelmente atraídos por alguma sopa da dita igreja.
A primavera novaiorquina tem noites cruéis e essa não era das piores. Ainda assim mendigo há. Embrulhados em doze casacos, empurrando carrinhos de feira cheios de algo dentro de um saco de lixo, deitados em qualquer beiral que não tenha sido implantado com serrilhas diversas. E dentro do metrô tinha muito mais. Levei um tempo para entender porque ainda tinha mendigos fora se ali era tão mais quentinho. Engraçado como o óbvio nos escapa, o que separa os mendigos de fora dos de dentro são dois dólares por noite. No mundo dos mendigos "de luxo", apesar do mix, nem todo mundo parece crônico, tinha muita gente que parecia ter sido jogada de algum lugar da classe média ao zero absoluto, pessoas com apenas dois ou três casacos e nenhum lugar pra ir e ninguém para telefonar. Dois dólares mais ricos que seus colegas. Ou será que não? Os mendigos de fora enfrentam o frio mas dormem deitados. No metrô é proibido colocar o pé no banco ou ocupar mais de um lugar, logo é proibido dormir deitado. Eles passam parte da noite pescando de sono com a cabeça, sentados no calorzinho. Queria muito ter tirado fotos mas achei que seria inapropriado de alguma forma e tirei apenas uma foto tímida. E quando o trem chega só eu entro. O trem parece aquele onde o neo acorda na estação infinita, ao menos na iluminação ou therefore lack of. Um trem fantasma. E dentro vários mendigos dormindo nos bancos. Deitados mas sujeitos a terem que sair do trem sabe-se lá onde se importunados, dada sua violação da "nova regra". Provavelmente eles escolhem a linha verde por alguma razão, mais escuros e menos patrulhados quiçá. A viagem é quase sobrenatural e parece que a qualquer momento a próxima estação vai ser no cemitério dos mortos-vivos, no filme matrix ou no clipe de thriller do michael jackson. Cinco trechos de túnel escuro depois baldeio em Union Square, que apenas nesse momento e em contraste fica parecendo a disneylandia.





Algumas respostas estão no presente

O Urso Viking conseguiu em um mesmo mês ser chamado para cobrir o concurso de miss universo no México, indicado para melhor jornalista de quadrinhos de 2006 segundo o HQ MIX, e para completar, escolhido pela revista Front - que a cada edição define um tema e nessa foi "ÓDIO" - para publicar uma hq dele chamada "E pensar que já foi amor". Desenhos de Nelson Cosentino.

(tinha um link pra historia mas saiu do ar)
Me lembra algo que escrevi:
"as we parted I regretted giving her even those little crumbs of sweetness instead of showering her with all the ice and grief in my heart and eyes"

miami

Miami é um lugar estranho, talvez por ser parte da américa latina e ficar tão perto dos estados unidos. Pode dirigir falando no celular. Tem fumódromo no aeroporto. Até que bastante gente fala inglês. é um lugar muito sensual além de bem sinalizado.
As curiosas placas abaixo são

1) "Massagem nas bolas." Limite máximo 3 horas.
Aqui se faz aqui se paga.




2) "Head"
gíria para sexo oral

terça-feira, 8 de maio de 2007

Samuel e seu tio coruja


fotos Marcela Rafeo

I can haz sammich??

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

I´m in ur playground
gooing ur keepad

olha a risadinha



Ele ri como só alguem quase sem passado e repleto de futuro pode rir.
um bálsamo, I tell you

domingo, 6 de maio de 2007

Dont. Want. Friggin. Hats!



But want camera.
Gimme camera!!!!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Schlept!


(nao sei de quem é essa foto ou de onde veio)

Bulgarian Bar

Divertidíssimo, som animal, vibe muito boa.
Até dancei mas fiquei com o titânio dolorido.
Yet it was worth it.
O Hutz nao foi, o sub era o pedro, legal tb.
tocou inclusive slishal no ne zapisal, eu cantei us trechos para o espanto geral.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

No fim do arco-irís


Leprechauns modernos transformam o pote de ouro em uma moto da Orange County Choppers feita ironicamente para um jogador de basquete. Meu sócio Larry ganhou essa miniatura pq ele é amigo do Paul Senior, da OCC que tem aquele programa na TV...

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Coisa de filme Americano: 20 carros de polícia em altíssima velocidade, 50 policiais esbaforidos e 300 judeus assistindo

(wild goose chases, car chases and no astronauts)

Um longo dia de trabalho. Pego o metrô e desço na Bedford Station. No caminho encontro a Juca. Ando com ela até o prédio dela e espero ela comprar leite. Um amigo de mestrado passa pela rua e me reconhece. Batemos papo por uns dez minutos. Ele fica olhando pra todos os lados. Faço uma piada do tipo “É esse bairro é perigoso!” e rimos.

Três quarteirões mais pra frente, ainda na avenida Bedford vejo dois policiais na esquina e me pergunto se eles não deveriam estar é na esquina da minha casa. Mais dois quarteirões, esquina da S3 com Bedford, eu vejo dois caras que parecem muito os meus assaltantes. Fico parado no lugar olhando eles passarem. Eles não me reconhecem ou fingem que não viram.

Um tinha a sobrancelha característica e o outro uma bandana idêntica na cabeça, apenas de outra cor. O conjunto dos detalhes, os dois juntos o jeito de andar e o fato de não parecerem bandidos me deram um feeling que eram eles, que logo viram a esquina. Vou até lá e os vejo andando. Resolvo dar a volta para cruzar de novo o caminho deles e tirar uma foto.

Enquanto dava a volta no quarteirão desisti de tirar foto. Ao invés procuro algo pelo chão e encontro um pedra, e saio eu com um pedaço de concreto na mão e nada na cabeça. Como sou um sujeito de sorte não cruzei os dois caras, que por sinal eram bem maiores do que eu lembrava...

Ligo pro Detetive, que não estava. Recomendam que eu ligue pro 911. Ligo pro 911 e digo que encontrei dois caras que talvez poderiam potencialmente ser os caras que me roubaram a agrediram e aviso que estou indo pra casa. Chego em casa, tiro os sapatos e vou pro meu quarto guardar a roupa limpa que tinha pego na lavanderia. A policia me liga e pede pra eu ir la fora. Imaginei que seria como da outra vez, que só ia falar com eles, e pra não perder tempo nem pus o sapato. O policial, não muito simpático, grita pra eu entrar no carro. Pergunto se preciso ir junto, ele diz que obviamente sim pra reconhecer os caras. Putz. Digo que vou pegar meu sapato lá dentro rapidinho. O cara grita “ENTRA NO CARRO, quem vai correr atrás dele somos nós e não você.”

Entro no banco de trás do carro da polícia. Muito apertado, não tem espaço para as pernas e uma barreira de proteção entre os bancos da frente e de trás. A janela não abre e me sinto ultra sufocado e claustrofóbico, efeito colateral do acidente. O cara sai a milhão, sirene no máximo, utilizando todos os truques que ele aprendeu na escola de polícia, derrapa em todas as curvas, da cavalos de pau pra voltar por onde veio, o escambau. E eu vou ficando com um enjôo insuportável. Meu telefone toca, um amigo que chegou em Ny quer saber qual a estação de metrô ao mesmo tempo que o policial grita mais perguntas.

“Estação Bedford, vai pra estação Bedford!” Digo ao telefone.
“Não me lembro das roupas um deles estava com bandana verde na cabeça. Bandana Verde!!” Digo pro guarda.

E é cavalo de pau pra lá e pra cá, peço pra abrir a janela o cara diz que tudo bem mas não destrava a janela, estou com uma mão no teto e outra na grade, suando frio e desse jeito vou vomitar. Isso arrasa de vez com meus sonhos de ser astronauta. Se passo mal no carro da polícia, imagina na centrífuga, em uma cápsula espacial girando etc. O carro derrapa de novo, perto da entrada de pedestres da ponte de Williamsburgh, o policial me pede pra ficar no carro e sai correndo atravessando a larga e movimentada avenida. Abro a porta pra respirar.

Um carro branco para ao lado com dois policiais e um deles (deja vu) diz pra eu entrar no carro e logo. Ele fica olhando com uma cara estranha pras minhas meias. Entro no carro, que é mais confortável e o vidro abaixa, iluminado de alívio. Esse policial não liga muito pra derrapadas e tal. O negócio dele é andar MUITO RÁPIDO, pela contramão, sinal vermelho o escambau, usando as sirenes pras pessoas saírem, por pouco, da frente. Enquanto isso um monte de carros de polícia junta-se à perseguição. Ouço pelo rádio que o suspeito estava escondido em uma viela nos conjuntos habitacionais. Quando damos a última derrapada tem uns dez carros de polícia em volta mais um monte de carros de polícia disfarçados, com luzinhas e sirenes dentro mas que por fora não parece polícia.

Fora isso tem uns trinta policiais na rua, a maioria correndo, mil sirenes tocando. Policiais à paisana vestidos de jovem hipsters correndo com distintivo na mão, e sem brincadeira, uns trezentos judeus em volta. Todos com as mesmas roupas de duzentos anos atrás, mesmas costeletas, mesmos óculos ( e muitos de óculos, deve ser de tanto cruzar entre parentes). As mulheres com os mesmo casacos e mesmas perucas. É definitivamente um uniforme, o sujeito deixa de ser um indivíduo e passa a ser um representante do todo. Mas isso é outra história. De volta ao assunto principal.

Os policiais correm pra todo lado, os judeus se agitam e dois policiais esbaforidos entram no carro. Um deles diz que precisa parar de fumar. Pegaram o cara da bandana verde. Também que imbecil! Eu nem lembrava das roupas deles, pegaram pela bandana mesmo.

O cara me diz que agora vamos reconhecer o suspeito. Eu gelo no lugar e pergunto se o cara não vai me ver, e que ele sabe onde eu moro. Ele me assegura que não. O carro dá a volta no quarteirão e para a dez metros de outro carro. Tiram o suspeito lá de dentro e vários policiais me perguntam se esse é o cara. Digo que não tenho certeza. Colocam o cara dentro do carro de novo e param o carro bema o lado, banco de trás com banco de trás. Absolutamente não confio em um mero insulfim pra proteger minha identidade e só não ponho a camiseta no rosto pra não pegar mal.

O problema é o seguinte: Quando vi os dois juntos, acho que reconheci basicamente a sombrancelha de um e a bandana do outro, a relação entre o tamanho deles, o jeito de andar. Mas quando me mostram um cara sozinho, sem bandana eu não tenho nem como saber se era o cara da bandana. Os policiais estão irritados e me pedem yes ou no. Digo que não tenho certeza, se vale sete de dez. O guarda diz que o District attorney vai perguntar yes or no. Digo que não tenho 100% de certeza e que entre yes ou no sou obrigado a dizer no. Eles não gostam disso, afinal foi uma puta correria e o cara tentou fugir tresloucadamente, então culpado de algo ele era. Minha falta de certeza não foi nada bem-vinda.

Enquanto o guarda me leva pra casa eu pergunto se pegaram o outro cara (não), se o cara que pegaram estava armado (não). E que pro cara ter cruzado a avenida correndo devia ter culpa mesmo, de algo. De noite eu fico com a sensação que eram eles mesmos: Estavam na mesma área, eram parecido e correram. Se eu dissesse com certeza que foi ele, dariam ao menos cinco anos de cadeia. E se não fosse ele? Não posso ser responsável por colocar um inocente na cadeia. Não tenho 100% de certeza quer dizer que não tenho. Iam checar o cara, ver se tinha algum mandado de prisão e tal.

Minha situação acaba sendo a seguinte: Prenderam um cara que possivelmente é o imbecil que me deu o soco. O cara que era o armado fugiu. Eles sabem onde eu moro. Talvez tenham me reconhecido na rua. Já falei que eles sabem onde eu moro? Pois é, eles sabem.

E se não tinha mandado de prisão o outro vai estar na rua logo logo.

Perguntei pro pessoal do mestrado se eu deveria ficar tranquilo agora ou se esse era o momento de surtar em pânico. Sameer falou com um advogado e me mandou uma interessante. Vou postar nos comments.

Fora isso acho que continuo enjoado. O mais próximo que consigo chegar de astronauta a essas alturas é alugar um carro, vestir uma fralda e uma peruca e dirigir através do país para ir ameaçar rivais amorosos.

terça-feira, 1 de maio de 2007

And guests were parking

E assim, levemente dolorido mas sem nenhum buraco de bala, finalmente consigo comer e só doi quando eu mastigo. Olha a foto, por fora nem da pra ver mais que ta inchado (se sorrir ja fica mais óbvio). Que progresso. A pergunta aqui é: se eu tivesse nove vidas, quantas teriam me sobrado? Relembro aqui alguns episódios em ordem descronológica, fique claro:

1) Acidente de carro aos 17 anos, Perda total. Fui burro e a culpa foi minha
2) acidente de van escolar, capotagem. Juro que não fiz nada só estava presente na veraneio
3) Jet kart afundado na represa. Esse tem certas dúvidas quanto a culpa. preciso contar essa história depois
4) acidente com a harley. Se eu tive culpa foi de ter comprado a moto, não do acidente.
5) Carro homicida tenta me derrubar da gs500. O que eu fiz pra ele?
6) acidente de carro quase frontal na estrada de atibaia. Fui pegar outra fita no porta-cassetes e meu carro invadiu a contra-mão.
7) assalto a mao armada em NY
8) Esse eu não posso contar

Não incluídos na relação estão o heliporto com grades, corrida nos andaimes no vigésimo andar, turbulência exagerada de avião, quase acidentes em geral, irmãos pequenos com facas, quase afogamento no mar (mas era umas), penhascos de ski ou snowboard, coração partido, maridsos ciumentos e militares, cair do beliche, pequenas fraturas em geral, um enorme barco que pilotei em miami e poderia facilmente ter afundado nos bancos de areia, ja que eu não tinha nem idéia direito do que estava fazendo, aliás precisava escrever essa também, e deve ter mais uma ou outra coisa que tenho o bom senso de não lembrar.

De qualquer maneira, mesmo em uma perspectiva otimista essa pareceria ser a última. Por outro lado quem tem nove vidas são os felinos e mesmo quanto a isso há controvérsias...

Enquanto isso todos já saíram do escritório e posso tocar Gogol Bordello nas caixas de som:
"...and to make it all even more crooked is the impossibility of a suicide / you pull the trigger yet you are still standing, just somewhere else but you're thinking in your head / And the dogs were barking, and the guests were parking / and the monkeys clapping and girls were cutting loose / thinking bout things, things that are eternal, /when her mother came up to me and said. / Dogs were barking, kids were snarkling / and my dancing was about to start!
Monkeys clapping...
...Party!"

Pensando Bem

Não sei como não levei um tiro.
-Não tinha dinheiro.
-Não ajudei eles a entrar.
-Não sei calar a boca.

Será que preveni uma tragédia?
Ou quase levei um tiro pra proteger uns sapatos e um liquidificador?
Só sei que I will never know the answer to this...

Through the looking glass



Dieguito and Maya

Como é bom ter amigos que cozinham bem.
Fantastica Guacamole seguida de spicy fajitas.
Kitty eh uma gata linda e temperamental
e completamente acima do peso
E o saleiro é genial.
pena que eles se mudaram ontem para San Francisco.
Gonna miss you guys!







Dieguito left in search of new Haights but can still be found at http://www.db798.com